O Carnaval não é uma data esperada por mim. Verde e rosa combinam e a paradinha da bateria da Mocidade arrepia. But it's not enough. Estranhando o fato do meu inferno astral ter me trazido o espírito mais saudosista e carinhoso do mundo, e não aquele mau humor típico, eu decido que não faz mal nenhum cultivar este espírito Hello Kit e movo minhas forças para tudo o que me faz bem.
Sem qualquer marchinha e nem mesmo uma fantasia barata, me junto aos que acreditam que o espírito Hello Kit seja mesmo inofensivo. E a música é um elemento que dá tom à alma, além de ritmo. Intensifica qualquer sensação. Termine um namoro e ouça uma música deprê: você vai chorar por dois anos e cortar os pulsos. Experimente uma música animada: seus pulsos ficarão livres e talvez você chore por duas semanas.
E nesta dancinha animada, mas não tão engenhosa como a de All The Single Ladies, da minha quase-amiga-e-confidente Beyoncé, eu deixo aqui uma música em uma versão que gosto muito, que embala alguns momentos da minha vida.
Senhoras e senhores ( achei que Ladies and Gentlemen fosse muito David Letterman): Mr. Iggy Pop and Mrs. Peggy Lee.
Salve o espírito Hello Kit, e não esqueça de algumas cretinices! Favor prestar atenção nas imagens do vídeo. Achei que "apropriadas" soaria bem.
VS.
PS: Fever in the morning or whenever you want. You do not have to be a passenger!
Não se sabia mais o que era aquilo que estava acontecendo. Uma confusão mental que parecia durar anos, mas na verdade, apenas três dias passaram. Foram três dias de uma angústia que nada mais era do que ansiedade. Chloe ouviu a opinião de especialistas sobre o assunto. Estaria ela criando um novo planeta em sua mente? Um animalzinho em seu estômago? Nada disso.
Maria Helena, a amiga perfeita para confissões, mas de pouco convívio, gargalhou ao ouvir tudo e disse - "Você poderia ser um personagem europeu e contar uma história incrível. E fica aí, contando quantos urubus há em cima da sua cabeça. Você não tem mais idade para ser tão burra!". - Chloe achou um pouco petulante o comentário de Maria Helena. Quase que se arrependeu de procurá-la. Emudeceu por um tempo e resmungou -"Você sempre faz este discurso nojentinho". - e Maria Helena sem qualquer preocupação e hesitação, devolveu - "E você sempre me procura".
Tá. Maria Helena tinha seu jeito nojentinho de ser, mas ela estava sempre certa. Pelo menos quando o assunto era "A Vida de Chloe". Chloe resmungava sempre as mesmas coisas, logo, Maria Helena não a ouvia mais. A então personagem francesa voltou para sua casa, caminhando pelas ruas de um bairro que de francês não tinha nada. Calma. Havia uma mercearia, daquelas bem antigas que parece que parou no tempo. O dono do cantinho era o Olivier, um senhor francês que veio fugido da França. Fugiu de uma louca que se apaixonara por ele e dizia todos os dias que se eles não ficassem juntos, ela o jogaria no Rio Sena. E essa histeria toda aconteceu há muitos e muitos anos. Está aí algo que faz daquele bairro um pouco francês. Mas durante a andança de Choloe, o Sr. Olivier deveria estar lendo seus livros, porque a mercearia já estava fechada.
Chloe chegou em casa em pouco mais de meia hora. Seus passos que normalmente eram lépidos, agora estavam lentos, para que pudessem acompanhar sua linha de raciocínio, que estava um pouco enferrujada. Entrou em casa e percebeu que não tinha comprado água,. E quem recebeu a culpa fora Maria Helena, que nunca comprara uma garrafa de água para ela, mas que tinha acabado de falar tudo que Chloe não queria ouvir. Maria Helena por cinco minutos virou um monstrinho cruel, mas ainda de madeixas castanhas opacas. Os cinco minutos passaram e Chloe já estava tomando vinho e acreditando piamente que Maria Helena era a mulher mais sábia e sincera de todo o mundo. Chloe não tinha mesmo mais idade para se portar como uma garotinha de doze anos. Deveria ao menos saber disfarçar essa confusão mental toda e também evitar perguntar ao médico se estaria grávida de um animalzinho. Então, estaria ela apaixonada pelo Don Juan da Máscara de Ferro? Pobrezinha. Estava em tempo de perceber que ela era uma linda Cinderela e não uma plebéia abandonada.
Dê mais um gole de vinho, Chloe. Você será uma bela Cinderela, e com um pouco de álcool no sangue. Isso às vezes torna a vida mais fácil. Não precisou. Chloe se convenceu sozinha, ou melhor, quase sozinha. Não podemos negar que houve um empurrãozinho de Maria Helena. Ela se olhou no espelho, certificou-se que suas madeixas eram também castanhas mas muito brilhantes, lembrou que seu sorriso já havia encantando alguns, e sentiu-se linda com aquele lenço vermelho no pescoço.
"Agora a banda vai tocar de outro jeito!". Chloe poderia ter concluído de maneira mais elegante, mas fez quase um rap com todo o seu raciocínio, e decidiu que aprenderia dança de salão na semana seguinte. Muitos ritmos em uma sentença só e todas aquelas facetas para um único nome, de uma mulher que é quase um personagem francês.
Como prometido, Lady Scott visitou o Atacama e deu um jeitinho de mostrar um pouco daquela beleza para vocês. É claro que tudo foi improvisado, então o barulho do vento atrapalha bastante, mas vale assistir para ter uma idéia do que há por lá. Uma paisagem que se revela no meio do árido deserto, a 4400m de altitude, com o coração acelerado e alguma dificuldade para respirar.
Saudade daquilo tudo. A vida lá do alto faz mais sentido!
Esse tal de amor às vezes nem pede licença. Deixe ele entrar, pode valer a pena a visita. Vai saber....
Foi o que Suzana pensou naquela noite quente, quando o ventilador quebrou e ela não conseguia dormir. A visita foi esperada para o dia seguinte e é exatamente neste tempo que estamos agora. Ela nem se arrumou, mas passou perfume. Quando era pequena, sua avó dizia que precisava estar sempre perfumada para o coração. Com a única ingenuidade que lhe resta, ela passou seu perfume predileto e dedicou sua manhã ao sol, que insistia em brilhar na cidade. O dia terá 24 horas como todos os outros, mas os minutos passam irritantemente de forma lenta. Espera, Suzana. Ele já vem.
Se você é daqueles que nunca viveu um período de baixa, prepare-se, um dia chega. E se você é daqueles que acha que tudo está sempre uma porcaria, e que você deve ter jogado pedra na cruz na vida passada, calma, você ainda vai viver um momento genial. E assim se dá esta coisa chamada vida, que nunca ninguém conseguiu definir direito no dicionário, mesmo porque, é justo que cada um defina a sua como quiser. É sempre bom lembrar que é o tipo da coisa que vem acompanhada do famoso livre arbítrio. Pacote raro esse.
Você briga, salta, grita, pula, gargalha e caminha em solos que podem ser mais ou menos áridos. Vale treinar pular obstáculos, e não se preocupe, eles não estão sempre por aí. No final de tudo, gargalhe, você exercita os músculos da face e libera as energias. Garanto que é uma boa pedida. Ah, e preste sempre atenção naquele músculo involuntário chamado coração. Se ele estiver em um bit acelerado, aproveite para dançar no ritmo.
Quem lembra da Rakelly, personagem de Isis Valverde na novela Beleza Pura? Recentemente tive o prazer de ir ao show da banda Moinho e ao escutar o maior sucesso da banda, me lembrei da personagem, que tinha a música "Esnoba"como tema.
Confesso que a Rakelly arrancou risadas e até hoje conheço pessoas com rakellyces. Virou adjetivo já. Baboseira ou não, entretenimento barato, vale rever a debilidade que foi o grande estaque desta novela das sete da Globo.
Aí escuta a música e junta as duas coisas na cabeça. Se você não for tão Rakelly, você consegue! 1,2,3 e já!
A badalada e magra Kate Moss posa nua na capa da revista Love. Outras tops, como Natalia Vodianova já posaram para a revista no mesmo estilo. Micro tarjas escondem as partes íntimas da top, que está mais do que à vontade em cima de um par de saltos.
Se você é fã da modelete, a capa tá bonita e vale guardar um exemplar em casa!
Duas pessoas na parede. Voracidade e algumas roupas no chão. Foi isso que aconteceu no apartamento 112 daquele edif'ício antigo do bairro Parisiense. Não estamos em Paris, mas o bairro recebeu este nome por sua grande similaridade com a bela cidade da luz. Ela se irrita com a infiltração do prédio, mas já é conhecida por todos e não há quem não queira ajudá-la com algo. Nem sacolinha do supermercado ela carrega. Talvez por isso o porteiro a chame de madame. Responsabilidade dele este mimo todo. Ela só sorri e agradece.
Aqueles dois viveram aquele momento como se fosse o último de suas vidas. Havia um desejo latente que explodiu sem pedir licença. Algumas horas se passaram até os dois corpos cairem cansados no chão. Uma exaustão com um breve fim, já que tudo começaria de novo em instantes. Eles não podiam perder tempo, não mais do que já tinham perdido. Viviam agora na maior luxúria de todas e na vontade mais dilacerante de todos os tempos. Desejo que morde.
Logo anoiteceu e eu pouco pude entender o que acontecera. O abajour da sala estava aceso, mas os dois já se encontravam no quarto. A iluminação era escassa e indireta. Gemidos eram ouvidos e se davam em uma mistura de prazer e ansiedade. Calma. A ansiedade já poderia partir, aqueles corpos estavam quase que fundidos.