terça-feira, 29 de julho de 2008
Mona Lisa Station para contemplar
Vale a visita.
Atenciosamente,
VS.
Aqueles dois
Embarcaram para algum país na Europa, imagino que Itália. Trocaram algumas vezes de sala de embarque. Esperaram por diversas partes do aeroporto. Foram contentes caminhando pelo finger que leva até a aeronave.
Ontem eu assistia ao noticiário e a foto deles estava lá. Eram dois dos 97 passageiros que desapareceram no Atlantico. Dormi enjoada.
VS.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Domingo - fazer lição com João
E claro que eu achei lindo tudo isso mas não o suficiente para chegar a tempo. Irmão caçula e por parte de pai. Pequeno espertinho e moleque. Ele vai crescer moleque, pra sempre. E eu não tenho coragem de contar pra ele que me atrasei porque Mário me ligou. Ele nem sabe quem é Mário e não está perdendo nada. Mário deve ter nascido moleque também, mas eu prefiro dizer que ele é cafajeste, e não esperto. Alto e magrelo, charmoso e horrível.
Foi sempre tão claro pra mim aquela atração instantânea. A gente só funciona na cama mesmo. Alguns dias, nem isso. A gente se enche antes de eu desabotoar a calça dele. Mas é verdade que eu adoro quando a gente se prende e eu possuo aquele corpo magro só pra mim. O gozo é diferente quando é só meu, especialmente para mim. E foi exatamente isso que eu estava fazendo enquanto o meu pequeno irmão me aguardava. Pode parecer bizarro mas eu até tentei raciocinar sobre a lição-de-casa dele, ia sugerir Machado de Assis para o trabalho. Mas Machado sumiu rapidamente, só conseguia ouvir as palavras de Mário. Sim, ele fala durante. Depois não, nem toma banho.
João, serei uma irmã melhor. A gente já se vê tão menos do que eu gostaria. Eu sou a única que te chama de João mesmo quando fico brava, né? Acho que nunca te chamei de João Victor! Sei que você detesta. Vai ser sempre João, nem lembro do Victor. Quando eu for morar na Europa, você vai passar férias comigo. Vai conhecer lugares lindos e aprender a beber. Ai, será que você já bebe? As crianças hoje são crianças até os oito, acho. Menos? Mais?
Quando você acordar, vai me ver dormindo. Vai para a sua aula e vou te buscar. Espero que não acorde bravo, porque deve ter ido dormir no mínimo triste comigo. Ah, quer ir no Mc? Te levo! Vamos cada um pedir um número e comer tudo.
Exausta, preciso dormir. Amanhã o dia é cheio e, claro, Mário nem ligar vai.
VS.
Terno e quase perto
Eu não tenho qualquer traço psicopata, então, pode se aproximar. Na verdade, eu queria mesmo é te dar um abraço. Abraço pra sempre. Não tenha medo de chegar mais perto, é bem possível que eu nem diga nada. Já imaginou que posso ser muito envergonhada? Já imaginou que eu posso simplesmente não querer falar uma só palavra?
Você nunca deve ter imaginado todas estas situações. Eu penso nelas com alguma frequência. E não ache que alguma frequência é a mesma coisa que todos os dias. Tá? Sei que você sempre distorce um pouquinho as coisas. Já tenho dificuldade em não ser extremista e, quando consigo, você distorce. Não. Combinado?
Um dia desses me peguei pensando em como seria se a gente se encontrasse na sala de embarque de um aeroporto. Eu embarcava para a Europa e você também. Mesma cidade. Teríamos todo o tempo para conversar, desde a espera do vôo até a chegada na cidade. E eu ainda tinha certeza que íamos acabar jantando juntos quando chegássemos ao nosso destino. Não saberíamos onde ir, sairíamos andando e escolheríamos o mesmo pequeno restaurante. Como chama isso? Sintonia?
VS.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Rapidíssima da saúde
A Benalete não está colaborando.
VS.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Antes de Buenos Aires
- resolver minha garganta, febre e moleza.
- assistir ao filme Nome Próprio.
- pagar contas.
- reprogramar site.
- comprar duas calças.
- fazer mis tareas de español.
VS.
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
Dez anos depois e ela se vai. Os primeiros sinais da doença são observados, mas pouco compreendidos. Na falta de algum entendimento, havia graça. A falta de memória foi interpretada como distração. Ela adorava assistir novelas. Assistia todos os dias. De repente, não sabia o que o galã da novela estava fazendo naquele capítulo. Ué, ele sempre esteve lá, desde o início da novela. Ela já não lembrava disso. O galã que todos já estavam cansados de ver era um novo personagem para ela a cada dia.
O fogão aceso após terminar de cozinhar o almoço. A casa quase fica em chamas. Aquela fumaça toda e a notícia de que ela sofre de Mal de Alzheimer. Foram quatro anos tentando driblar as dificuldades e mais seis sofrendo ao vê-la internada em uma clínica. O marido já não era mais marido. Os filhos eram “os meninos” e depois mais nada. Os netos eram “bonitinhos” e logo esquecidos. A última a ser esquecida foi Célia, irmã do seu marido e companheira desde a infância. O que era lembrado era o grito de Celinha apenas. Celinha gritava “Maria Eliza” e minha avó respondia com um olhar, mesmo que fosse um olhar de quem já não estava mais lá.
O tempo passa de forma lenta. Bastante lenta. Minha avó tem setenta e quatro anos, mas parece ter cinco. Deitada em uma cama já sem qualquer movimento. É difícil respirar, a deglutição já quase não funciona, mas o coração ainda bate. O coração bateu todos os dias mesmo sem qualquer memória. Bateu, resistiu, agüentou e parou sábado à noite.
Deixar sem saber. Partir sem lembrar. Ir-se.
VS.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Biofrágil
Encontro-me deitada. Uma única opção. O estômago reclama de fome e a dor neste dois pequenos ovários me impede de comer. Isso parece uma breve visita ao inferno. Chega!
VS.
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Vai!
quarta-feira, 16 de julho de 2008
O processo
Bem-vindos.
VS.
Fome japonesa
Será que se ela me emprestar essa roupa de Miss Temaki, eu consigo comer de graça em algum rodízio? A moça se empolgou com o concurso de Miss Universo! Uó! Ai, é bem capaz dos sushis se empolgarem com o meu modelito e me atacarem, né? Ou se apaixonarem, quem sabe. Imagina só?
Vou tentar fazer o teste sábado. Aliás, cansei dos japoneses que sempre vou. Quero ir em algum bem bom e não muito caro. Na Liberdade. Onde? Alguém me diz?
Morta de fome!
VS.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Não conta pra ninguém
Você chora escondido? No banheiro ou com o travesseiro no rosto?
Eu chorei tanto que fiquei com dor de cabeça. Você ainda me ligou e eu disfarcei minha voz engasgada. Ah, não quis que você percebesse que eu chorava. Nem sei se você chora. Um dia sonhei que eu entrei no banheiro e te vi chorando. Você tentou rapidamente enxugar as lágrimas, mas não adiantou. Seus olhos vermelhos e inchados revelavam a emoção. Nunca soube se aquilo era tristeza ou alegria. Saí de lá achando que era tristeza. Era? Só sabia que era sonho, meu.
Você não divide nem empresta nenhum pedacinho seu pra ninguém. Percebi isso. É tudo tão trancado. Só sabem do seu gênio forte. Você já precisou de alguém? Já quis precisar? Me senti tão ridícula um dia desses. Sentia ciúme de você. Era tão estranho e tão normal. Acho que contei isso pra alguém, claro, morrendo de vergonha.
Você não está tão longe assim, mas isso é segredo.
VS.
Tattoo
É isso aí. Tá, me incomoda muitíssimo essa parte "... e regido pelo princípio do prazer", mas é real. Bem real. Tão real que espanta.
Get your tattoo, babe! Let me hold you if you feel like hurting.
VS.segunda-feira, 14 de julho de 2008
Agenda: filme novo na área
O filme estréia dia 18/07 e precisa arrebentar na bilheteria para ficar em cartaz. É, este mundo da distribuição e exibição cinematográfica é cruel. Compareçam! Vejam maiores informações no blog do filme, linkado aí ao lado.
Ainda dentro do tema, dia 16/07 (4a feira) às 19h00, na Fnac de Pinheiros, rola um bate-papo com o Murilo e a Clarah Averbuck (autora dos livros nos quais o filme foi baseado). Vai ser bem bacana. É só chegar na Fnac com alguma antecedência e ir até o terceiro andar.
Tem coisa boa sendo produzida, gente!
Conto com vocês!
VS.
Put your hands where I can see
Eu só te quero por alguns instantes. Quis. Não quero. Quero.
E você nunca vai saber disso. Simplesmente porque eu não quero que saiba. Simplesmente porque não vale a pena. Simplesmente porque você já leu Nelson Rodrigues e não consegue desejar o outro.
VS.
Mona Lisa Station encerra as atividades
Deixarei aqui palavras indignadas e tristes. Deletaram o Mona Lisa Station ontem, sem qualquer explicação. Postei ontem à noite e estava tudo normal. Quando tento acessar o blog para checar uma informação, não há mais nada. Há apenas um aviso de que o blog havia sido deletado.
Quem deletou? Não faço a mais vaga idéia. Eu não.
Por que deletou? Boa pergunta.
Fiquei pensando se eu tinha violado algum termo sem querer. Não. Nunca publiquei nada que fosse ou pudesse ser proibido. Meu último post era super neutro. Bom, não posso continuar reclamando. Chorei de raiva, gritei, mas aqui estou. Ninguém vai me deletar pra sempre.
Agora isso aqui é tudo sobre Lady Scott!
Obrigada a todos que alimentaram o Mona Lisa. Conheci pessoas incríveis por lá e espero todas aqui, para bater um papo com Lady Scott.
Beijo,
Violet