terça-feira, 9 de setembro de 2008

Tempestade e cacos sem gordura trans

A tempestade começou e não marcou dia nem hora para terminar. Sinto-me completamente envolvida por ela. Débora voltou de viagem. João melhorou e já voltou a aprontar. E eu? Eu estou ensopada e morta de frio. Ninguém conseguiu arrancar um sorriso meu. Nem daqueles amarelos.

A gente vai ficando triste, triste, muito triste. Até sentirmos algo que nem nome tem. Parece que o cerco vai se fechando e que em breve serei esmagada. Eu estou tentando, não passei nenhum dia deitada na cama chorando. Nem mesmo vendo programas inúteis na televisão e me entupindo de sorvete ou chocolate. Não caí mais na não-graça do novo Chandelle. Nem de nenhuma guloseima. 

Me arrasto para chegar ao bar e trabalhar. Alguns dias já não foram possíveis e me ausentei. Claro que já ouvi a famosa frase " Assim não vai dar..." . Como foi dita pelo chefe que é amigo, foi dócil, mas tive que explicar a ele que esta frase poderia ser minha também. Ou melhor, poderia piorá-la fazendo uso do querido-de-muitos-gerúndio e dizer " Não tá dando..." . Acabei optando por fazer cara de  está-difícil-mas-me-dá-uma-chance. Sei lá se ele entendeu ou não, mas me abraçou. Recentemente deletei do meu pendrive-mental todos os possíveis significados do abraço.

Agora podemos trocar de operadora sem trocar de número. Acho que vou trocar para ver se me sinto útil. Pelo menos vou me irritar com algum atendente ou telemarketing. Aliás, a palavra telemarketing já me dá nervoso. Na tentiva de achar uma brecha ou um cantinho confortável, vale até isso. Quem sabe torrar o pouco dinheiro em algum-qualquer-1406-da-vida também não ajude?


1,2,3,4...

VS.