quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Faça o que puder fazer

Eu tive que me distanciar um pouco daquele momento, para perceber que eu nunca imaginei que você fosse tão pervertido. Não mesmo. Tá certo que eu passei meses me imaginando na cama com você, era o que eu mais queria e não fazia disso um segredo. O tempo foi passando e eu tinha certeza que isso jamais aconteceria, que ia ficar tudo na minha imaginação e eu que tirasse proveito de tudo isso. De repente me vejo ali, nua, ao seu lado, completamente entregue.

A sua virilidade é tanta que até me machuca, mas eu gosto. É aquela dor consequente da extrema  vontade do outro. Você quer me possuir e praticamente me devora. Eu não sairei sem marcas e isso não tem a menor importância. Você usa tanto a sua força que não posso dizer que o que estamos fazendo é sexo. Faça o que você quiser, mas não insista depois de qualquer "não" meu. "Vira?", "Não". Fui clara. Faça o que for possível. Você é capaz. Sei que não vai falhar, mesmo porque eu não vou deixar. 

Entre em mim agora e depois a gente cuida do amanhã. 


VS.

4 comentários:

Anônimo disse...

Que poetico, não!?
Gostei!!!!

Luiza Rudge Zanoni disse...

Algo mais cru logo ,logo. Sem muita poesia. Vamos explorar as possibilidades dessa palavrinha de 4 letras. Rá! Beijo, VS.

Henrique Crespo disse...

"É aquela dor consequente da extrema vontade do outro."

O erotismo em palavras é tão difícil. Vejo que Lady Scott sabe como fazer.

Luiza Rudge Zanoni disse...

Henrique, que bom vc por aqui! Um beijo meu.