Saudades de João. Ele está de namorico e faz meses que me ausentei de sua vida. Não pode. Um monte de coisa aconteceu e optei por mantê-lo longe. Achei que não estava na hora dele lidar com certas coisas. Fiz errado?
Papai passou um mês em um congresso na França. Não o vejo faz tempo, mas ele me mandou vários emails falando sobre Paris. Ele se dá super bem com a tecnologia, mas sempre esquece de mandar notícias para a filha dele. Dessa vez fez diferente. Gostei. Respondi todos os emails e acabamos trocando idéias sobre a vida, filmes, livros e shows. A gente tem um gosto parecido, e eu só fui descobrir isso agora. Ele me contou que está como colaborador em um capítulo de um livro que será lançado no próximo semestre. Perguntou quando sai o meu. Desconversei. Desde quando sou escritora, papai?
Sinto falta das minhas noites no bar. Para não sofrer com a carência, resolvi que trabalho lá uma ou duas vezes por semana. Acabo mais ajudando do que trabalhando de fato. Reencontro os fiéis frequentadores e dou muitas risadas. Engraçado como a gente de repente faz parte da vida de alguém. Alguns clientes trocam confidências comigo e me pedem conselhos. Um dia desses, um deles veio me dizer que a analista dele me conhece. E eu fiquei bastante surpresa. Tive receio que fosse a mesma que a minha. Ele disse que contou para ela do nosso primeiro papo no bar. Tá, então era daí que ela me conhecia. Ufa! Eu mal lembrava dessa conversa, e ele lembrava de todos os detalhes. Logo lembrei que foi quando ele se separou da mulher. Estava bêbado e doído. Falamos sobre vinhos, chocolates e amor. Eles continuam separados.
Assim que parei de trabalhar lá, antes deste período atual de nostalgia, Deborah começou a frequentar o local. Ela ia de vez em nunca me encontrar, ou melhor, me buscar. Isso aconteceu na época que nos reuníamos para fazer saraus. Depois ela viajou, eu me enrolei, e aí o cronograma-de-saraus-e-encontros foi por água abaixo. Agora ela torna-se frequentadora, porque resolveu que lá é o lugar para levar seu novo namorado. Ele é espanhol e está passando um tempo no Brasil. Ela diz que eles não namoram, que estão se conhecendo melhor, e eu retruco dizendo que isso é fala de celebridade para a revista Contigo.
Vou mandar torpedos para João. Ele adora, mas papai o proibe de respondê-los. Insiste que o celular só serve para que ele, pai, encontre João quando quiser. Só. João ainda obedece e nem liga para os amigos, não goza da tecnologia que lhe é dada. Dada pela marca do celular, que certamente tem menos poder que papai. Eu continuo ensinando meu pequeno irmão a responder mensagens e tirar fotos. Espero o dia da rebeldia dele.
Papai passou um mês em um congresso na França. Não o vejo faz tempo, mas ele me mandou vários emails falando sobre Paris. Ele se dá super bem com a tecnologia, mas sempre esquece de mandar notícias para a filha dele. Dessa vez fez diferente. Gostei. Respondi todos os emails e acabamos trocando idéias sobre a vida, filmes, livros e shows. A gente tem um gosto parecido, e eu só fui descobrir isso agora. Ele me contou que está como colaborador em um capítulo de um livro que será lançado no próximo semestre. Perguntou quando sai o meu. Desconversei. Desde quando sou escritora, papai?
Sinto falta das minhas noites no bar. Para não sofrer com a carência, resolvi que trabalho lá uma ou duas vezes por semana. Acabo mais ajudando do que trabalhando de fato. Reencontro os fiéis frequentadores e dou muitas risadas. Engraçado como a gente de repente faz parte da vida de alguém. Alguns clientes trocam confidências comigo e me pedem conselhos. Um dia desses, um deles veio me dizer que a analista dele me conhece. E eu fiquei bastante surpresa. Tive receio que fosse a mesma que a minha. Ele disse que contou para ela do nosso primeiro papo no bar. Tá, então era daí que ela me conhecia. Ufa! Eu mal lembrava dessa conversa, e ele lembrava de todos os detalhes. Logo lembrei que foi quando ele se separou da mulher. Estava bêbado e doído. Falamos sobre vinhos, chocolates e amor. Eles continuam separados.
Assim que parei de trabalhar lá, antes deste período atual de nostalgia, Deborah começou a frequentar o local. Ela ia de vez em nunca me encontrar, ou melhor, me buscar. Isso aconteceu na época que nos reuníamos para fazer saraus. Depois ela viajou, eu me enrolei, e aí o cronograma-de-saraus-e-encontros foi por água abaixo. Agora ela torna-se frequentadora, porque resolveu que lá é o lugar para levar seu novo namorado. Ele é espanhol e está passando um tempo no Brasil. Ela diz que eles não namoram, que estão se conhecendo melhor, e eu retruco dizendo que isso é fala de celebridade para a revista Contigo.
Vou mandar torpedos para João. Ele adora, mas papai o proibe de respondê-los. Insiste que o celular só serve para que ele, pai, encontre João quando quiser. Só. João ainda obedece e nem liga para os amigos, não goza da tecnologia que lhe é dada. Dada pela marca do celular, que certamente tem menos poder que papai. Eu continuo ensinando meu pequeno irmão a responder mensagens e tirar fotos. Espero o dia da rebeldia dele.
2 comentários:
É interessante descobrir coisas das vidas das pessoas assim, como livro aberto em página aleatória.
Pelos seus olhos, ou melhor, pelas suas palavras que traduziram o que os olhos viram, consigo imaginar cada situação separadamente e também em conjunto, como se uma ligação aparentemente frágil ligasse cada parte para formar um todo coerente.
Saudades de facetas da vida, saudades.
Quando sai o seu? Sim, escritora.
Poderia ser também um reteiro de filme. =p
Paris, Paris
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