quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Lá de dentro

O fato é que tá difícil e estou de saco cheio de reclamar da vida. Enfiei uma coisa na minha cabeça: vou tentar tudo até não conseguir mais. Tudo. Até eu ficar exausta e me sentir bem lixo. Se eu realmente chegar a este ponto, é porque não consegui nada e aí sim desisto. Estou falando sobre o verbo trabalhar. Passar as noites no bar não está pagando nenhuma conta minha. Além de eu ser a dívida em pessoa, sinto-me a monstrinha mais incrível de todas por não poder mimar meu irmão como eu gostaria. 

Meu pai tem me dado assunto para eu refletir. Ele está todo desajeitado com os problemas do coração. Me peguei pensando: como é possível você declarar em cinco minutos que a pessoa que você sempre amou é agora a pessoa que você mais detesta? Detalhe importante, não, ela não te traiu e nem fez nada absurdo. Eu realmente não sei como isso acontece. Compreendo melhor quando lidam mal com isso, porque aqueles que ainda lidam bem, nossa, são praticamente Ets pra mim.

Sorrio ao lembrar que tem estes amores e aqueles que começam em um simples passeio na rua. Talvez sejam até os mesmos. Existe a história de uma garota que se apaixonou pelo homem que a ajudou quando ela caiu atravessando a rua. Foi na Avenida Paulista. Foi recíproco. Casaram. Sério. Brincam que deveriam morar em um apartamento em plena Paulista. Romântico demais, não? Acham a brincadeira boba. Por que que quando estamos apaixonados tudo parece bobo? Sempre troquei o bobo por bonitinho. Não gosto de nada no diminutivo, mas "bonitinho" vale. 

No final, muita coisa vale.

VS.