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quarta-feira, 23 de junho de 2010

Com amor, Sharon

Era um sábado romântico para muitos. Era dia dos namorados. Uma celebração muito pouco importante, quando parei pra pensar que neste dia, minha amiga Sharon se casaria. Lá estava eu, em Ubatuba, onde seria o casamento, em uma praia pequenina, assim, como a noiva.

O dia anterior foi de chuva e fez jus ao apelido da região: Ubachuva. Qualquer noiva ficaria preocupada com a rebeldia de São Pedro. Será que bem no dia do casamento ele faria esta malcriação? Claro que não. Ao menos, para a Sharon, nunca. O sol viria brindar para esta menina linda. E assim foi. Linda manhã ensolarada e repleta de amor.

Fernando e Sharon se casaram com uma cerimônia Celta, na qual eu fui a responsável por purificar o casal. Estava tudo com cara de Sharon. Enfeites pequenos, coloridos e belos. Ela era a princesa que estava pronta para encontrar seu príncipe, que não, não veio em um cavalo branco. Veio do interior de SP e de forma muito mansa. A pequenina se encantou.

Não houve que não chorasse antes mesmo da noiva entrar. Eu mesmo já caminhei até o altar com a maquiagem borrada. Ok, isso era de pouca importância. Aqueles dois estavam tão felizes, que nem quem passou o dia dos namorados sem namorado sentiu. Eles dividiram aquele amor gigante com todos os presentes. Verdadeiro.

E aqui eu deixo o meu beijo no coração destes dois, e o meu muito obrigada a esta amiga linda, que confiou em mim para purificá-la (e olha que pouco entendo do assunto). E o vídeo deste dia lindo vai ficar aqui no blog, guardado, para que eu possa assistir sempre que tiver dúvidas sobre a genuidade do amor.


VS.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mailbox, love




Eles nunca se viram pessoalmente mas se entendem perfeitamente no mundo virtual. Trocam mensagens e recados em todas estas redes sociais. Email nunca trocaram. Nem na mesma cidade moram. Um belo dia, ele pediu o telefone dela, pois passaria três dias na sua cidade para um evento. Ela deu o celular e não esperou que ele ligasse. 

Durante os três dias que ele esteve na cidade, eles se falaram pela internet. Ele acessava o email para ver recados. Ela o via online e puxava papo. Ele se derretia para ela e ela até ficava mais feliz. Porém, por que ele não ligava? Não seria melhor se encontrarem e conversarem ao vivo? Ela passou estes três dias tentando responder estas duas perguntinhas. Ele falava com ela como se não houvesse nada de estranho. De estranho não havia mesmo, mas por que ele pedira seu telefone então? Ela perguntava sobre como estava a estadia dele na cidade e ele respondia normalmente. Ela ficou sem entender.

Os três dias passaram rapidamente. Ele já tinha ido embora e ela ainda se fazia as mesmas perguntas. Outra dia, já não tão belo quanto o outro que passara, ele mandou um recado para ela todo animado. Tinha acabado de assistir um belo filme e gostaria que ela assistisse para que pudessem trocar figurinhas. Ela estava decepcionada com ambos, já que ele não ligou e ela esperou. Mas ele não disse que ligaria! Tá, mas ela esperou mesmo assim. Ela achou que era uma questão de bom senso o telefonema. Só depois percebeu que não, era uma questão de vontade. Ele não teve vontade. No final, ela já estava decepcionada com a vontade dela. Mas ele já estava longe novamente e ela não tinha que perder tempo ruminando algo que ele nunca entenderia, quando ela mesma custou a entender.

O recado que ele havia deixado sobre o filme ela pouco se importou. Ficou com aquela coisa feminina entalada de querer voltar no assunto que nunca nem existiu. Era e última coisa que ela deveria fazer e a primeira que fez. Respondeu o recado dele perguntando porque ele não havia ligado quando pôde ligar. Ele demorou uma semana para respondê-la, o que obviamente a deixou tensa, e deixou a resposta mais sem graça do mundo - "quem disse que eu podia?". Agora ela ficou irritada e com ele mesmo, não quis nem saber dos motivos do rapaz. Deletou o recado e nunca mais respondeu nada.

Ele desapareceu por um ou dois meses, meses estes que foram melancólicos para ela. Ela não podia ficar no pé de um cara que quando pôde estar mais perto, continuou longe. Ele justificou, ela ignorou. Os papos virtuais acabaram e nada sobrou, apenas aquela interrogação chata e teimosa, na cabeça dela, é claro - " o que foi que aconteceu? Como algo termina assim do nada?" - ela realmente acreditava que todas aquelas conversas significavam qualquer coisa além do nada. 

Um semana de chuva depois, ela recebe um email e percebe que o endereço dela é só mais um dos vários ali listados. Era um convite de casamento. Virtual. Dele. A ficha demorou muitos minutos para cair. Aquele email entrara diretamente na sua caixa postal, sem nem ser lido como spam. Que audácia do remetente! Excluiu o infeliz, limpou a lixeira em seguida e passou alguns meses com cólica e pensando que nada terminou do nada, nada nem começou. Os papos dela não falaram a língua dele por algum motivo, e agora não haveria qualquer chance com um casamento marcado.

Felicidades aos noivos e boa sorte pra ela.

VS.

obs: votem na enquete ao lado, por favor.